Cactos Jus-Sanguinis

Há sempre um cacto
entre os seus (entre céus)
de amarguras,
inveja e
melancolia
há sempre um cacto doente
que ousamos amar
na primazia do amor
tão genuína,
um cacto ou dois
no canto,
no encanto da família
há sempre um cacto entre nós,
que machuca, magoa
em pequenas fissuras
nas memórias
de outrora,
mas que belo cacto
é este que nos é imposto para amarmos?
E que amamos,
com seus espinhos afiados,
e que tornamos flor
deste cacto de nós.

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