O diário de um ansioso

Sofro de ansiedade, pelo que não posso ver,
Pelo que não posso controlar
Pela vida que passa ao meu lado,
Sem ao menos se importar.

Sofro porque me apeguei,
Ao que tenho e ao que criei
Sofro pelo amanhã, pelo ontem
Sofro pelos que deixei.

Sofro pelas horas que ainda não chegaram,
Sofro por tudo que não conquistei
Pelas pessoas que rezaram,
E por tantas que magoei.

Sofro sem sentido,
Pelos anos perdidos
Quando em vez de viver,
Eu ansiava por controlar,

A vida, as horas, os dias,
Qualquer coisa, em qualquer lugar.
E com o que mais eu sofria,
Era em saber que um dia

O que eu mais temia iria chegar.
Que em vez de seguir meus dias,
E apenas em Deus confiar
Acreditava que podia…
Da dor, me livrar.

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