O trono do rei
Oh, Vida sofrida!
Que em nobres lutas e riquezas se envaidece,
Que em tristezas, conquistas e batalhas se consolida
Onde a morte pungente traz,
O luto aos corações de paz
Que em meras batalhas jaz,
Os amores em vida
De homens deixados para trás,
Óh, vida tão dura como rochas no mar,
Torna os homens desgastados pelas dores em vão
Que aos tolos sabe bem,
As ganâncias do coração
Na ambição de ser rei,
Numa luta que passavam sem,
Num sistema sem lei,
Já não podem escolher
Torna homens escravos,
Tantas vidas a se perder
Pelo imperialismo do senhor,
Vai se infringindo dor
Sentado em seu trono,
Não vê os gritos e choros
Não vê quantas almas
São postas numa vala
Na dor de uma mãe que chora,
E que seu pranto, o medo cala
Numa era moderna, em templo de aplicativos,
O empunhar de armas
Numa guerra sem sentido
São tantas as mortes que vejo , maternidades em chamas
Rasgos na minha alma, cortes profundos
Meu joelhos curvados pedindo a Deus pelo mundo!
Que não respeita um ventre gerando uma vida,
Que não respeita famílias já destruídas
Pessoas brigando por comida,
Idosos que não conseguem andar
Crianças ao colo, mulheres a perambular
Pelas longas estradas da vida,
Num tempo de guerra e de paz
Enquanto o mundo espera
A vida se desfaz.
