Só deixo

A mão libertar a palavra
que emudeceu obliterada
que caminhou
por linhas quadradas
sem paixão
em lábios frios
de razão,     
                                
Só deixo…
 
Dançarem em qualquer questão
incoerentes, manifestadas
de pura emoção,
contando em versos
algumas histórias
lembrando os dias
das belas memórias
 
Trazendo em poesia
o que a boca sangrou em dizer
o que calaram
hoje vejo florescer,
nas linhas
as dores de uma vida
que a tinta
faz diluir
 
Só deixo…
 
Só me deixo fluir,
sem razão de ser
em qualquer pormenor
que me faça esquecer.

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